terça-feira, 8 de abril de 2008

Meu grande amor



Acumulam-se mais a cada dia pelos poucos metros quadrados de que disponho. Começaram por fazer uma ocupação das estantes. Depois reivindicaram as mesas. Não satisfeitos, assaltaram a secretárias. Agora reclamaram não só o vão da janela como mais de metade do chão. Ganharam vida própria, multiplicaram-se e neste momento há um coluna que quase excede a minha - parca - altura. São uns anarcas usurpadores de espaço, portanto.
Há uns meses que ando angustiada com isto. Achava que o que me andava a causar essa ansiedade era a falta de espaço e a desarrumação em estou a viver. Decidida, resolvi comprar mais estantes que acolhessem todos esses meus livros.
Hoje percebi. O que me angustia é saber que nunca os lerei todos. E que serão sempre mais, pois representam uma ínfima parte daqueles que realmente gostaria de ter, e ler. E sou compulsiva no que se refere a trazê-los para casa.
Mas admiro-os pela sua audácia e por serem reivindicativos. Por exigirem o seu espaço. Por nunca se encolherem.
Adoro livros. Deveríamos todos aprender com eles.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ò filha, os livros não têm audàcia, tu é que tens muita lata de andar a gamar livros no local de trabalho!!!! Vou dizer ao tio chico para por alarmes á porta do escritório para ver se a menina pára de roubar. De facto isto é um caso clinico, primeiro rouba, e depois entra na fase em que diz que os livros têm vontade própria....