quinta-feira, 19 de março de 2009

Seis factoides pedidos pela Mami


Uma estranha compulsão por destruir a pele

Uma estranha compulsão por livros policiais

Uma estranha compulsão por comida, café e cigarros

Uma estranha compulsão por sol

Uma estranha compulsão por birras, amuos, irritações e afins

Uma estranha compulsão por esquerdismos involuntários

quarta-feira, 11 de março de 2009

Rogério Casanova

Agora que se sabe quem ele é, o Rogério Casanova perdeu a piada toda. Já não vamos poder especular noite fora sobre quem seja tal pessoa e, ainda por cima, já não o vamos poder ler que acabou com o blogue ou fechou-o para os seus novos amigos,  a grupeta maravilha da nossa nata intelectual. O grupinho fechado. Os populares do Liceu (sim, que isto no fundo continua a ser um liceu, e a blogoesfera o recreio) já não são os giros, sexys, atraentes e burros, mas a malta cool dos blogues que até se pode dar ao luxo de ser feia e andar mal vestida. Agora, meus senhores, para a plebe resta comprar o livro, que o homem já escreve há muito tempo de graça. Claro que o livro já o lemos antes aqui no ecrã, antes de sermos excluídos, por isso vai ficar na FNAC a ganhar pó. Mas o romance está para breve, gentis pessoas, descansai. Ao que consta virá para as bancas em menos de um ano (depois não se queixem que eu não vos digo nada). Até lá, espero que não nos enjoemos todos com a digníssima pessoa, que está por aí citada em demasia. E tudo o que é demais, enjoa (gosto sempre de dar a minha contribuição para a ruína alheia e por isso estou a promover o enjoo). E agora vou ler o Le Carré, um verdadeiro senhor, de quem - julgo eu - o Rogério Casanova nunca falou. 

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mulher

Ontem foi Dia Internacional da Mulher e não dei conta de nada. Ou talvez tenha dado. Estavamos três num carro. Do Alentejo para Lisboa. Duas mulheres e um homem. As duas à frente, ele atrás, encolhido no pouco espaço que lhe sobrava: o banco estava quase na totalidade preenchido por uma cama desmontável. O homem foi o primeiro a ficar no sossego do lar. Nós acabámos as duas a descarregar um carro cheio de malas e a transportar a cama para o seu devido lugar numa arrecadação lisboeta. Assim passámos o dia da Mulher. Com dores de costas. Mas com a certeza de sermos totalmente independentes.
Presentes, flores, jantares e afins tinham sido agradáveis, mas não se pode querer tudo, não é?

segunda-feira, 2 de março de 2009


Sinceramente ainda não consegui perceber como é que com tantos rios de tinta gastos sobre o tema, o assunto primordial ainda não foi abordado: a questão não é este quadro ser pornografia e pornografia não ser Arte, porque isso é simplesmente ridículo, como até as mentes iluminadas da GNR concluíram. A questão é que este quadro pode incentivar alguma jovem púbere ou, até, alguma senhora mais madura, a deixar crescer tamanha quantidade de, vamos chamar-lhe assim, 'penugem', a pensar que isso é sensualmente artístico. Ou, ainda mais grave, este quadro pode passar a ideia aos nossos jovens virgens e até, quiçá, a algum senhor de idade mais avançada que, por um motivo ou por outro, se mantém até agora casto, de que as mulheres não conhecem técnicas depilatórias. É que com esta visão, convenhamos, não são muitos aqueles que, desconhecendo a realidade, terão grande vontade de a conhecer. Muito menos de a adorar e explorar convenientemente. O que não é nada positivo. Assim sendo, e embora não recomende a apreensão do livro, recomendo, isso sim, um pequeno asterisco, apenas a lembrar que isto é um quadro, não uma fotografia e que, como tal, não representa a realidade. Não só esta densidade pilosa não é habitual, como seria imediatamente eliminada por qualquer mulher. Ou quase, que alguma se pode deixar influenciar por esta imagem.