sexta-feira, 28 de novembro de 2008

E agora... Fim-de-semana


E com neve, espera-se. E livros à lareira, a acolher o Inverno que, este ano, chegou mais cedo.

Wook

Consegui comprar algum livro a 0 centimos nesta campanha da Wook? Não. Consegui aceder ao site? Não. Alguém que eu conheça conseguiu? Não. Deram mesmo um milhão de livros, ou mil, ou três mil grátis? Parece-me que não. Cheira a campanha publicitária enganosa? Sim.
Eu até era cliente Webbom. Às vezes não me conseguia controlar e comprava. É fácil. Serei cliente Wook depois disto? Dúvido.
Detesto que me enganem e façam perder tempo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Byblos


Fechou. E nem durou um ano. Ao contrário de quase todos os demais bloguistas, tenho pena que tenha fechado. Por um lado, porque qualquer livraria que feche é, para mim, motivo de tristeza, nunca de regozijo. Depois, porque com o aproximar do Natal planeava lá passar e comprar alguns conjuntos da Vintage e oferecê-los a quem faz questão de ler os grandes romancistas anglo-saxónicos em língua original. Por último porque, aquando da sua abertura, fiz uma reportagem sobre este projecto megalómano. E, muito embora logo tenha percebido que a localização era terrível, pude ver o sonho nos olhos de Américo Areal. E faz-me uma pena imensa que os sonhos não vinguem. Especialmente quando esses sonhos se prendem com livros. Na sua desgraça imagino a minha quando, também eu, cumpra o meu próprio sonho, e abra a minha livraria. Será diferente em tudo, é certo. Mas todos sabemos que, independentemente do tamanho, da localização ou da tecnologia, é muito difícil viver dos livros em Portugal.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A M.

Madalena,

Eu vi-te hoje mas tu não me viste a mim. Passaste a tarde de olhos fechados. Não faz mal. Eu percebo. Há muito a descobrir no mundo, muitas cores por ver, muitas caras. Demasiada confusão. Acabaste de nascer. Ainda não tens três kilos. És uma mini-me. Mas mais cabeluda.
Daqui a uns anos vais ser maior (mais alta, entenda-se) do que eu. Não é difícil, como virás a perceber um dia. Só consigo superar em altura as crianças até à sua fase adolescente. Até lá vou ser a Tia. Até que me encares de frente e percebas que sou igual a ti. Com os mesmo medos, inseguranças e ignorâncias. E com a mesma vontade de viver. Não sei que tia vou ser para ti. Se a tua vida está a começar, também uma nova fase está a começar para mim. A fase em que a minha geração começa a gerar uma nova geração - da qual fazes parte. Por isso, Madalena, não sei como vai ser essa minha nova vida que agora começa, tal como tu não sabes como vai ser a tua. Mas espero ser a tia Rita com quem podes falar, desafabar, brincar, sair, aprender, divertir. Acima de tudo, a Rita com quem podes sempre contar, sem esse prefixo terrível que me afasta automaticamente de ti.  
Um dia vais abrir esses teus olhos enormes e ver. E vais espantar-te com o mundo, e tudo vai ser novo e magnífico para ti. Vais ver tudo brilhante e vais ter cada dia mais curiosidade para conheceres mais.
Espero que essa curiosidade, e essa capacidade de te surpreenderes, não se esgotem nunca. Não sei em que mundo vais viver. Ele está a mudar agora - não estará sempre?  - e não faço ideia de como ficará. Espero que melhor. Eu conheci dois séculos, dois milénios. No decorrer da História, apenas de raspão, claro. Mas tu não. Tu és uma pessoa do novo século, do novo milénio. Espero que tenhas também uma mente nova. Aberta. De olhos postos no futuro. Sem preconceitos ou conservadorismos inúteis. Que sejas uma pessoa maravilhosa. Que sejas feliz, que tenhas sempre uma enorme capacidade de sonhar. Que, com os teus gestos, com as tuas palavras, e com o teu coração, consigas tocar e mudar a vida das pessoas, tornando-as, de alguma forma, melhores. 
Tens todos os caminhos à tua frente. Espero que escolhas os melhores e os que te deixarem mais feliz. Quero que saibas que, apenas com três dias, já mudaste a minha vida, já me fizeste sorrir, emocionar. Acrescentaste algo ao meu mundo: acrescentaste-te a ti.  E já o tornaste melhor. Apenas por existires. Imagina o quanto o vais melhorar por tudo aquilo que disseres, e fizeres, ao longo dos próximos anos. 
Desejo-te a melhor das vidas. Bem-vinda à Terra. Bem-vinda à vida.  

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Esperança

Esperança por um mundo melhor. Um mundo mais pacífico, mais limpo, mais igual. Um mundo onde apeteça viver. Sem medos.