quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ainda Updike

Facto de grande importância, e por mim omitido - por desconhecimento de causa - na primeira postagem. Não só John Updike era escritor de inegável talento, como era portador dessa doença terrível chamada psoríase. Diz ele que esta lhe determinou a vida. Talvez por ela se tenha tornado escritor, profissão que não exigia que exibisse a pele, e por ela se casou cedo «porque, tendo um vez encontrado uma mulher graciosa que relevou a minha pele, não me arrisquei a perdê-la e a tentar encontrar outra», escreve. Além disso, dá um twist ao mito de Narciso bem interessante: «A psoríase põe a gente a pensar. Estratégias de dissimulação ramificam-se e a autocrítica não tem fim. Somos compelidos ao espelho, a toda a hora; a psoríase obriga ao narcisismo, se concebermos um Narciso que não gostava do que via.»
Agora, sim, tenho para mim garantido que vou para casa ler O Terrorista, o Corre, Coelho, e os que mais pelas minhas estantes encontrar. Já encontrei qualquer coisa em comum entre mim e Updike. Agora quero descobrir mais. De qualquer forma seria bom, daqui a uns anos, ter também um Pulitzer a aproximar-me dele (dois é capaz de já ser pedir demais...). Será que o Roth também tem destas coisas?

2 comentários:

Mami Pereira disse...

ahaahhhahaha, bela, só tu para ires buscar este fait-diver dermico!! A Virginia Wolf não era mamalhuda será por isso que gosto das Ondas? :p adorei ver a tua contemplaçao do monitor, no JL chega aos mil, que orgulho menina que orgulho!

El-Gee disse...

tens q mandar este post ao joao pedro