segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

À espera

Estou em suspenso. A última hora foi passada à frente do computador, a olhar para a página do Gmail, à espera da resposta a um e-mail previamente enviado. É complicado. Nunca sabemos se a pessoa recebeu o e-mail, quando recebeu, quando o leu. Será que também tinha o Gmail aberto e o leu imediatamente, ignorando o facto de pedir resposta? Pode ter lido, bufado, e ido fazer uma sandwiche. Ou pode ainda não ter lido, ou estar a ler agora. Ou seja, estou à espera de uma resposta que pode chegar daqui a um minuto, daqui a meia hora, daqui a uma hora, três horas, um dia, uma semana, um mês, nunca. E, até lá, fico à espera. À espera no sentido temporal e no sentido da esperança em si mesma. Estou, portanto, pendente de um e-mail. O que é estranho. Porque habitualmente, quando ficamos pendentes de um e-mail, sms ou telefonema, que pode chegar a qualquer instante, quando suspendemos a vida em função disso, a coisa costuma envolver dois tomates, um pepino e uma qualquer promessa sexual. Neste caso não. Estou à espera de resposta de uma mulher que nunca vi na vida, e que está a um oceano de distância. É trabalho, meu Deus, é trabalho. Estarei uma workaholic? Eu? Assim começo 2009. Podem contratar-me. Serei uma boa profissional. Não cobro muito. Consta que a relação qualidade/preço é excelente.

2 comentários:

Anônimo disse...

És muita bardajona!
Precisavas de apanhar, isso é que tu precisavas...

Anônimo disse...

Chegou Ritinha? Foi uma boa ou má resposta?
...E não ha pior do que quando a nossa vida depende de uma simples resposta! Ás vezes segundos, outras vezes horas, por vezes até dias a viver na corda bamba!
Espero que estejas bem, e que ainda que vás para longe, nos continues a deixar ler-te. És sempre uma boa companhia!! Um grande beijinho, catarina varella